Para facilitar, vou listar aqui os links para os posts nesta série:
- End-to-end Arguments in System Design, por Reed, Saltzer e Clark,
- Growing a Language, por Guy Steele,
- No Silver Bullet, por Fred Brooks.
Numa primeira leitura, o artigo parece tratar de uma consideração arquitetural relevante, mas não mais importante que as tantas outras restrições que tiram o sono de desenvolvedores há decadas. O que torna o argumento dos professores especialmente importante é que entre suas implicações econômicas encontramos (suspense...) a Internet. Antes que alguém dispare o seu cliente de email na direção de um inocente, aviso que, sim, eu sei que a internet e o TCP/IP já existiam há um bom tempinho quando os nobres professores escreveram o paper, mas seu objetivo é descrever um fenômeno observado, não apresentar nenhuma nova e mirabolante idéia. Aliás, a maioria dos artigos nesta série não versam sobre novidades e invenções. Do que eu estava falando mesmo?
Pop(), pop(). Ok, a Internet. Pergunte a qualquer engenheiro de comunicações o que ele acha sobre a estrutura da internet e ele contentemente respoderá que é um negócio que até funciona mas poderia ser muito melhor. Ela não contempla, por exemplo, segurança (ip-sec?) e garantia de qualidade de transmissão (QoS? RSVP? ATM?). É, em outras palavras, uma rede bastante burra. Entretanto, é inegável que modificou violentamente a economia e a sociedade na última década (para o bem e para o mal). Imagine um cenário alternativo onde QoS fosse implementado de ponta a ponta na internet, permitindo que se reservem faixas de banda para determinadas aplicações. Finalmente video-on-demand seria uma realidade! O preço a pagar é que a rede deixaria de ser um campo neutro onde empresas florescem a todo tempo (que meigo) para se tornar um mercado imobiliário onde quem pode pagar mais por naco de banda excluí a priori qualquer competidor potencial. Mais sobre esse assunto dos próprios autores do clássico ou, mais eloquentemente, do senhor Lessig.
Esse último texto foi apresentado ao congresso americano pedindo legislação que impeça o comprometimento da isonomia entre aplicações, contrariando os planos das grandes empresas telefônicas. Donas dos backbones da Internet, elas ameaçam cobrar para dar preferência a determinados serviços em detrimento de outros nas "suas" redes. Confirmando sua vocação para clássico, vemos que as observações do "End-to-end arguments in system design" continuam, mais que atuais, prementes.
2 comments:
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