Sunday, June 05, 2005

Filmes

Resolvi imitar meu amigo Sérgio e também fazer comentários sobre os filmes que assisti recentemente.
  • O Guia do Mochileiro das Galáxias - Adaptação do livro homônimo, primeiro volume de uma série literária do Douglas Adams. A força dos livros vem do non-sense genial do enredo, dando vida a um humor tão britânico que a comparação com Monthy Python é inevitável, e da maestria do autor ao brincar com palavras, indo muito além de meros trocadilhos. Essas características foram responsáveis por tornar a série numa espécie de ícone cultural e também por atemorizar qualquer um que pensasse em se aventurar numa adaptação cinematográfica. Os malucos que toparam a façanha chamam-se Hammer e Tong. É, Hammer e Tong, da patota do Spike Jonze e Charlie Kaufman (o Spike foi um dos que fugiram da raia e se recusou a dirigir o filme). E então, eles conseguiram traduzir todo o estilo Douglas Adams para a tela grande? Não. Na verdade, nem tentaram; e ainda bem. O filme anda com as próprias pernas e é excelente por si só. Mas qual é melhor, o filme ou o livro? Puta que pergunta idiota, acho que preciso parar com esse truque de escrever em Q&A, que já tá enchendo o saco (veja todos os posts anteriores...). Anyway, vejam o filme, é hilário e Marvin é o melhor personagem não humano que já passou pela tela grande (e muito melhor que a maioria destes, também).
  • Casa de Areia - Não é um filme ruim. Dificilmente poderia ser, dado o nível do elenco. Mas é irritantemente pretencioso. Enquanto assistia, a imagem do diretor vestindo uma boina, fumando um cachimbo, olhando pro alto e pensando "eu sou um gênio" cruzou a minha mente algumas vezes. Outra coisa que me passou pela cabeça foi a semelhança com o Paciente Inglês; os diretores de ambos filmes parecem comparilhar uma certa obsessão com areia. Muita areia. Minutos e minutos contemplando areia. Mas é serio, não é um filme ruim...
  • Brilho Eterno de uma Mente sem Lembraças - Mais uma incrível criação da mente genialmente perturbada de Charlie Kaufman. Quase tão bom quanto 'Quero ser John Malkovich'; vejam. A propósito, Charlie Kaufman é deus. Ponto.